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domingo, 10 de outubro de 2010

And I won't forget what I did for love...

Sabe quando você se sente como uma criança perdida, que não sabe absolutamente onde está e nem o que fazer? Sinto-me dessa maneira. A confusão é tamanha que não consigo definir o que estou sentindo . Um aperto no peito atrelado a um total desespero e indecisão. Aparentemente, não há motivos, ou se há, são tão sutis que eu mesmo não consigo identificar. Tento escrever para desvendar os mistérios das minhas próprias palavras e dos meus pensamentos, mas quanto mais acho que as domino, mais perdido eu fico. Não domino nada para dizer a verdade. Deixar-se ser dominado por sentimentos e sensações é um legítimo ato de passividade. Triste, muito triste. 

Não quero tomar atitudes impensadas, agir motivado pelo desespero e pela aflição. Mas, por ventura, teria alguém agido em algum momento da vida com sobriedade absoluta? Acredito que não. Infelizmente agimos sempre imbuídos de sentimentos bons ou ruins. É tão estranho e complicado. Já nem sei mais o que escrevo. Já não há mais coerência em minhas frases. São um porção de pensamentos soltos e despejados em um pedaço de papel, completamente largados e desconexos, um nítido reflexo da minha alma. 

Talvez um dia eu olhe para trás e, quem sabe, tudo o que escrevo fará sentido para mim. Porque, por esses momentos, não faz. Aliás, os desejos não fazem sentido a ninguém, apenas a quem os deseja. Eu quero amigos que me amem e com os quais eu posso desabar em meus momentos de fraquezas, quero um amor que me faça feliz e me permita acreditar que a vida foi feita para amar, quero uma família para poder cuidar e me preocupar e um cão fiel que nos protegerá como demonstração de amor, quero ter alguém que me faça acreditar que querer nunca é demais, que me motive e que faça a minha vida ter algum sentido. Se isso for querer muito, então eu quis muito durante esses 22 anos e continuarei querendo por mais 22 se preciso.

Não me envergonho e nem me intimido por isso.


Domingo, 10 de outubro de 2010.

4 comentários:

Ísis Alves disse...

E esse é o meu Libriano favorito...sempre confuso e indeciso mesmo quando,aparentemente, tudo parece estar perfeito. A dúvida nos priva das coisas boas que podemos aproveitar... anyway...saiba que você tem vários ombros amigos e colos com os quais pode contar quando precisar.

Just call my name and I'll be there...

Beijos meu querido!

Será que alguém me lê? disse...

Labirintos tem vários níveis e muitas vezes podem ser evitados só depende de uma boa lanterna para nos iluminar na escuridão.
Toda criança precisa de alguém que a tome pela mão e ajude a caminhar.
O importante, meu querido, é não ficar parado, pois se estagnar, não vai na verdade a lugar nenhum!
Portanto, encontre a lanterna que vai te guiar pelo caminho e siga até encontrar a saída!
A paz esteja contigo!

Victor Quaresma.

Será que alguém me lê? disse...

Uma análise crítica:
Atrelado ao próprio labirinto do seu eu, o autor busca nas palavras um caminho para seguir. Escrever é, em si, algo bem diferente do "legítimo ato de passividade" criticado neste post.

Este estado de espírito se apresenta por completo quando afirma que a falta de continuidade própria de quem se encontra em uma situação "sem saída" às vistas como um reflexo de sua própria alma.

Parecendo estar perdido no labirinto, está que a criança à que ele se referia como ele mesmo no começo, foi esquecida no restante da criação tal é o estado de "estar perdido" Contudo, ao concluir a obra, vemos que, como toda criança, tem planos para o futuro, sendo estes mesmos, algo como uma luz, uma pista para sair deste labirinto em que se perdeu.

"Não me envergonho e nem me intimido por isso." Uma frase que traz consigo referências à todo o conjunto e ajuda a concluir bem o trabalho.

Victor Quaresma
Pretenso Teórico literário.

Bruna Vargas Duarte disse...

É como sempre digo: é que nem aquela música...

"Nada tenho
Vez em quando
Tudo
Tudo quero
Mais ou menos quanto
Vida, vida
Noves fora zero
Quero viver
Quero ouvir
Quero ver."

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